GRAXA PARA ROLAMENTOS

A graxa para rolamentos é indicada para o bom funcionamento de todos os tipos de rolamentos, e a melhor graxa a ser usada dependerá das situações de trabalho do maquinário, seja em alta temperatura, alta rotação, ou ambientes com componentes químicos agressivos. A graxa para rolamentos possui em sua composição espessante, óleo, aditivos de extrema pressão e, em alguns casos, lubrificantes sólidos. A principal função da graxa para rolamentos deve ser lubrificar os elementos metálicos, dispersando o calor da melhor maneira possível.

As graxas para rolamentos industriais podem ser aplicadas manualmente ou por sistemas hidráulicos. A grande vantagem em se escolher a graxa correta, é a diminuição de custos com manutenção. Disponibilizamos também produtos de linha alimentícia e atóxica. Oferecemos lubrificantes da marca Molykote, Krafft, Lumomoly e Omnikote. Todas possuem desempenho superior e são fornecidas sob o sistema de qualidade com certificado ISO9001. Garanta o perfeito funcionamento do maquinário com o lubrificante correto.

A Lumobras já ajudou milhares de clientes a reduzir custos e a aumentar a produtividade através da redução do número de paradas de máquinas. Considere as seguintes questões para utilizar a graxa correta:

• Qual a temperatura de trabalho do maquinário?
• Existem elementos químicos presentes?
• Há presença de carga ou velocidade elevada?

Como usar graxa para rolamento de Esferas?

São os rolamentos mais comuns e suportam um peso leve a moderado. São usados nas mais diversas aplicações, desde motores elétricos a discos rígidos de computador. Para aplicações com menos carga e velocidade é indicado a graxa para rolamentos Lumomoly LC-1/LC-2. Se houver um pouco mais de carga, sugerimos a graxa Molykote Br-2 ou Lumomoly SN 6160. Se houver necessidade de lubrificante claro ou branco, também temos opções disponíveis.

Como usar graxa para rolamento de Rolos?

Normalmente estes rolamentos são usados onde existe alta carga (como na indústria cimenteira por exemplo), portanto é indicado usar graxa com boa aditivação EP e sólidos lubrificantes, como por exemplo a graxa Lumomoly SN 6260 ou Krafft Complex 2000.

Como usar graxa para rolamento de Agulhas?

São rolamentos menores e mais leves, normalmente usados onde não há muito espaço disponível. Se houver baixa velocidade e alta carga, indica-se o uso da graxa para rolamentos Molykote BR-2 ou semelhante.
Se houver alta velocidade, será preciso analisar cuidadosamente a aplicação, pois se o óleo básico da graxa for muito viscoso, haverá atrito indesejado entre a agulha e o componente lubrificante e consequente aumento da temperatura no rolamento, gerando oxidação prematura da graxa lubrificante.

Dúvidas? Nosso suporte técnico está a sua disposição por e-mail, chat ou telefone em horário comercial.

Quais os campos de aplicação da graxa para rolamentos?

Os campos de aplicação são muito vastos, indo desde motores elétricos até ventiladores de fornos. As graxas para rolamentos podem ser usadas na indústria de cimento, mineração, segmento alimentício, de cosméticos, metalúrgica, automotiva, têxtil, e outras dezenas de segmentos.

Qual a melhor graxa para rolamentos?

A melhor graxa depende da aplicação e ambiente do maquinário. Para ambientes que sofrem com ação da água ou chuva, é indicada uma graxa resistente à lavagem por água, como graxas à base de cálcio. Para rolamentos que sofrem com altas temperaturas, é indicada uma graxa com alto ponto de gota ou com espessantes especiais mais resistentes. Para rolamentos de indústria têxtil, são indicadas graxas de silicone de baixa viscosidade, pois essas funcionam melhor em altas rotações, típicas desse segmento.

Para descobrir a melhor graxa possível para o seu rolamento, e necessário fazer o cálculo DIN (fator de velocidade):

Fator de velocidade = ID do rolamento em milímetros vezes a velocidade em rpm a 30mm.

Por exemplo, um rolamento de identificação com uma velocidade de rotação de 1000 rpm terá um fator de velocidade de 30.000. Onde o fator de velocidade DIN é maior que 800.000, deve-se usar lubrificação à óleo.

Na maioria das outras aplicações com rolamentos de esferas e roletes, a graxa lubrificante é o lubrificante preferido; mantém-se no lugar e desde que consiga lidar com os aspectos mecânicos e ambientais, pode oferecer “lubrificação vitalícia”.

Quais os principais tipos de graxas para rolamentos?

Os principais tipos são:

• Graxa de lítio para alta temperatura.
• Graxa de lítio para alta rotação.
• Graxa de cálcio para lavagem com água.
• Graxa para motores elétricos de poliuréia.
• Graxa de silicone para rolamentos de alta rotação.
• Graxa de bissulfeto para altas cargas.
• Graxa de alumínio para corrosão e oxidação.

É possível aplicar graxa para rolamentos em rolamentos blindados?

Não é indicado aplicar graxas em rolamentos blindados. Esse tipo de rolamento é carregado de fábrica com a quantidade certa de lubrificante para durar durante toda a sua vida útil. Ao se abrir o rolamento e trocar a graxa, você estará renovando apenas um elemento do conjunto mecânico, ao passo que todos os outros elementos, como esferas e pistas, estarão gastos e podem gerar prejuízos maiores no futuro, gerando, por exemplo, quebra de maquinário.

Como calcular a quantidade de graxa que devo usar no meu rolamento?

A quantidade de graxa que você deve aplicar no rolamento deve seguir a seguinte regra: preencher o espaço da caixa do rolamento para que ela fique de 30% até 50% cheia. Um rolamento com uma quantidade muito grande de graxa pode ser tão prejudicial quanto um com pouca graxa.

Qual a consistência ideal da graxa para cada rolamento?

A consistência de graxa NLGI  mais usada nos rolamentos é a consistência 2. A consistência 2, em geral, é recomendada para a maioria das aplicações. Porém, existem diversas outras consistências, que vão de 000 (semifluida) até 6 (conhecidas como graxa tipo “block”). O nosso suporte técnico pode ajudar você a encontrar a consistência ideal. Contate-nos.

Exemplo de Estudo de Caso – Montanha Russa de Parque Temático nos EUA

O parque temático Six Flags, nos Estados Unidos, enfrentava um problema a ser resolvido:  a graxa para rolamentos dos carrinhos da montanha russa precisavam ser trocados a cada 10 dias, em média. John Kuschyk, responsável técnico pela manutenção do brinquedo, buscava um jeito de reduzir os custos com a graxa atual, que além de cara, não estava tendo o rendimento adequado, gerando altos volumes de consumo.

A graxa para rolamentos dos carrinhos deveria ser, primeiramente, confiável, já que a segurança nestes tipos de equipamento é de extrema importância. A graxa deveria também aguentar condições pesadas, desde o verão quente até o inverno com baixas temperaturas. Além disso, também teria que ter uma boa fluidez, para que tanto os rolamentos da parte interna quando externa fossem alcançados pelo lubrificante.

A especificação no manual do brinquedo pedia uma lubrificação “banhada a óleo”. O problema é que o óleo, mesmo em ambiente relativamente selado, escapava graças aos movimentos bruscos do equipamento, perdendo lubrificação.

Os técnicos da Molykote foram chamados, e após estudarem a situação, recomendaram a graxa para rolamentos Molykote BG-20. BG-20 é uma graxa poliéster com sabão complexo de lítio como espessante. Tem boa capacidade de aguentar temperaturas variadas, e tem uma boa capacidade de carga – exatamente o que uma montanha russa apresenta de condições.
John testou inicialmente o produto em apenas uma fileira de carros durante um ano. Após os resultados terem sido satisfatórios, com nenhuma quebra de equipamento e performance normal dos carrinhos, o parque aderiu totalmente a graxa BG-20, aplicando a em todos os carrinhos. A redução de custos foi grande, com menos troca de rolamento, menos paradas para manuntenção e menos tempo de mão de obra perdido.

Por que você deve inspecionar a descarga de graxa do rolamento:

Existem três oportunidades para inspecionar o estado da graxa em serviço. Um é por desmontagem (por exemplo, removendo a tampa do mancal), o segundo é amostrando a graxa usando uma sonda (ASTM D7718) e o terceiro é examinando a descarga de purga.

A descarga de purga é a graxa que é extraída das portas de exaustão, vedações e outras aberturas durante a relubrificação ou operação da máquina.

Nem todas as máquinas lubrificadas têm um fluxo de purga, mas muitas têm. As máquinas (principalmente rolamentos) que purgam a graxa fornecem uma oportunidade valiosa para inspeção. A oportunidade é significativa devido à frequência e simplicidade da inspeção.

As máquinas que purgam são geralmente sistemas de “perda total”, o que significa que a graxa não é recuperada para reutilização, mas sim descarregada em uma bandeja coletora.

Usando uma coletora de descarga de graxa

Um coletor de descarga de graxa (GDT) é um dispositivo de inspeção perfeito. Uma versão do GDT usa um encaixe simples que é instalado na porta de purga (também conhecida como porta de drenagem, porta de ventilação ou porta de exaustão).

Um saco plástico zip-lock de 1½ polegada (de vários comprimentos) é posicionado no lado da rebarba da conexão usando um O-ring (veja as fotos à direita). A graxa que sai da conexão vai direto para a bolsa para fácil inspeção, descarte e amostragem.

Razões para usar o GDT

Limpeza – A graxa purgada fica contida no saco e não é distribuída para o solo, piso ou lateral da máquina.

Descarte – Uma vez que a bolsa está cheia, ela pode ser removida, lacrada (usando o zip-lock) e descartada. É substituído por um novo saco.

Controle de contaminação – A máquina é protegida da ingestão de contaminação pela porta de purga durante a troca de ar térmico normal e sprays de lavagem.

Caminho de purga desobstruído – Durante a operação da máquina, a graxa pode purgar livremente para o coletor para evitar o acúmulo excessivo de volume de graxa no rolamento (geração de calor e falha prematura do rolamento).

Inspeção do volume de descarga de graxa – A armadilha permite fácil inspeção da quantidade de descarga de graxa (muito ou pouco) de lubrificantes automáticos e práticas de lubrificação manual.

Isso está relacionado ao estado de lubrificação e à integridade da máquina. Também há informações a serem aprendidas sobre a aplicação da graxa, a frequência de relubação e o volume de relubação que podem ser avaliados pela inspeção da descarga de graxa.

O que pode ser aprendido com a eliminação da descarga

A descarga dos rolamentos industriais e outros componentes da máquina é basicamente uma amostra da condição da graxa quando ela sai (seu estado terminal). Realiza um relato histórico dos rolamentos.

Isso inclui detritos do rolamento, contaminantes aos quais o rolamento foi exposto e subprodutos de degradação da graxa. O estado da descarga está relacionado à qualidade e ao estado da lubrificação e, em última instância, à confiabilidade do rolamento.

Então, quais perguntas o fluxo de purga pode responder? Dê uma olhada na lista a seguir para exemplos:

• Graxa errada ou mista – Uma cor de graxa errada ou mista pode ser observada na descarga. Uma consistência de graxa incorreta também pode ser detectada.
• Graxa Degradada – Podem ser visíveis evidências de oxidação (semelhante ao alcatrão), desgaste térmico e / ou graxa seca e endurecida (perda de óleo).
• Graxa contaminada – Podem ser vistos sinais de água, corrosão, sujeira ou outras impurezas.
• Volume ou frequência de graxa inadequada – Isso é mostrado a partir de graxa prematuramente degradada e / ou contaminada.
• Volume ou frequência excessiva de graxa – Grandes pilhas de descarga de graxa revelam problemas.

Quando parar de bombear graxa em um rolamento

Os rolamentos são frequentemente lubrificados com uma pistola de graxa até que uma nova purga de graxa seja observada. Embora haja muitos casos em que essa é a prática recomendada, há um número igual de casos em que não é.

Qualquer pessoa que lubrifique rolamentos com uma pistola de graxa deve compreender os métodos alternativos e quando cada um deve ser aplicado. Obviamente, o fabricante da máquina ou componente deve ser sempre consultado.

Noria se refere às duas opções como o método Fresh Grease Purge e o método Grease Purge and Volume. Esses métodos e aplicativos de destino são descritos a seguir:

Método de purga de graxa fresca (FGP)

• O rolamento é lubrificado até que a graxa nova saia da porta de purga (ventilação) ou interface eixo / vedação, ou até que a contrapressão seja encontrada. Quando usar o método FGP:
• Rolamentos de baixo fator de velocidade (DNs inferiores a 50.000) com um caminho de purga adequado (porta de purga ou interface eixo / vedação)
• Rolamentos projetados especificamente para purga de lubrificação, como pinos de dobradiça, buchas, rolamentos abertos e alguns rolamentos com vedações de labirinto
• Rolamentos expostos a alta contaminação ambiental com um caminho de purga (porta de purga ou interface de eixo / vedação)

Método de limpeza e volume de graxa (GPV)

O rolamento é lubrificado até que um volume máximo pré-estabelecido de graxa tenha sido introduzido, graxa nova saia da porta de purga (respiro) ou interface eixo / vedação ou contrapressão seja encontrada. Quando usar o método GPV:

• Rolamentos do motor elétrico (ou seja, motores elétricos que devem ser relubrificados periodicamente)
• Rolamentos com fatores de velocidade maiores que 50.000 (DN)
• Rolamentos sem caminho de purga
• Rolamentos com um caminho de purga possivelmente restrito
• Rolamentos com um caminho de purga alternativo que pode enviar graxa para um compartimento interno indesejado, como um reservatório de óleo lubrificante

Condições de bloqueio de bolo – O sinal revelador dessa condição é quando a bandeja coletora só contém óleo. Isso significa que o espessante está preso no rolamento.

Condições de desgaste anormais – evidência visível de detritos de desgaste é vista. Use um ímã para extrair partículas maiores de desgaste. Os solventes também podem ser usados para separar as partículas da graxa.

Caminho de purga obstruído ou desviado – A quantidade normal de descarga de graxa não é observada, o que significa que a graxa está sendo desviada para outro caminho de purga.

Como inspecionar a descarga

Uma inspeção visual rápida e diária às vezes é adequada. Procure por descarga de graxa anormal, cor, consistência e localização. Limpe a descarga para que a quantidade de nova descarga (desde a última inspeção) seja facilmente reconhecida para inspeção.

Como alternativa, use uma armadilha de descarga de graxa simples (consulte a barra lateral acima). Uma armadilha de descarga é um saco plástico, ladrão de graxa ou dispositivo de fole conectado à porta de purga. A exaustão da massa é mantida pela armadilha para inspeção posterior, amostragem e / ou descarte.

Se as condições da descarga merecem uma inspeção mais aprofundada, considere o seguinte:

• Análise de laboratório – muitos laboratórios de análise de óleo também podem analisar graxas. Os testes comuns incluem densidade ferrosa, espectroscopia elementar, espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), Karl Fischer, teor de óleo, ferrografia analítica e outros.
• Inspeção de espátula / mesa de luz do artista – Use uma espátula comum de artista para espalhar a graxa em uma superfície de vidro lisa. A graxa é macia, amanteigada, pegajosa, tipo alcatrão, crocante, tipo bolo, pegajosa ou de cor inconsistente? Brilhar uma luz forte abaixo do vidro pode ajudá-lo a identificar aglomerados, resíduos de desgaste, contaminantes, etc.
• Inspeção de Partículas – Isso pode ser feito usando solventes (por exemplo, tolueno, álcool mineral, éter de petróleo, etc.) para quebrar a graxa. Separe as partículas para inspeção visual ou microscópica, empregando uma bandeja de ouro, teste de remendo ou método de ferrograma.
• Densidade ferrosa – coloque um pouco da graxa em um frasco de amostra junto com os solventes. Cole um ímã forte do lado de fora da garrafa e agite. Observe a coleção de resíduos ferrosos contra o ímã. Você também pode colocar um ímã embaixo de uma panela de ouro ou tigela de vidro (Figura 4) e girar.